domingo, 10 de maio de 2009

HOMENAGEM DA CASA DE CULTURA AS MÃES...





MÃE


Mãe ! Imagem do Bem, cofre azul da ternura,
Tesouro divinal de beijos e carinhos,
Ninguém mais do que tu me abranda a Desventura,
Ao tirar-me da Vida esses duros espinhos.


Mãe ! Vocábulo ideal, de pétalas e arminhos,
Ó, misto singular de Amor e de Brandura !
Só tu sabes varrer a aridez dos caminhos
Da minha mocidade – a horripilante agrura...


Fala de rouxinol ! Ave branca do Céu !
O teu afeto santo – esta amena carícia –
É bálsamo divino, a dar combate à Dor...


Quanta doçura encerra o teu olhar sem véu,
Onde jamais fulgiu centelha de malícia !
Alma feita de luz ! Seio feito de Amor !



Escrito pelo poeta Antônio Antídio de Azevedo (Patrono da Casa de Cultura Popular de Jardim do Seridó) em 1915, faz parte de “Zelações”, pág. 75. Transcrito na coletânea “Poesias do Rio Grande do Norte”, organizada por Ezequiel Wanderley.

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