quinta-feira, 4 de junho de 2009

ANTÔNIO ANTÍDIO DE AZEVEDO – PATRONO DA CASA DE CULTURA POPULAR DE JARDIM DO SERIDÓ




Antônio Antídio de Azevedo, ou simplesmente, Antídio de Azevedo, como era mais conhecido (03.06.1887 / 05.11.1975 ), sendo filho de pais pobres e tendo vivido os primeiros anos de sua existência na zona rural do município de Jardim do Seridó, não teve absolutamente nenhuma escolaridade regular, revelando-se um autêntico autodidata.


As circunstâncias não lhe ofereceram o ensino de freqüentar qualquer escola, nem mesmo a nível de alfabetização. Aprendeu a ler com o próprio pai, numa fazenda, às vezes ajudado por um primo, estudando quase sempre à noite, à luz do candeeiro, aproveitando para isso as poucas horas que lhe sobravam da faina diária, do amanho da terra, do trato do gado.


Sem contar sequer com os estímulos culturais do meio, conseguiu ele, graças ao esforço pessoal, atingir nível intelectual de relativa expressão, destacando-se sobretudo por suas produções poéticas.


Somente na idade adulta, quando passou a residir na cidade, em Jardim do Seridó, teve os seus conhecimentos burilados nas aulas particulares de um professor diplomado. E, nesse tempo, tinha já sonetos seus publicados em conceituadas revistas do Rio de Janeiro, então capital da República, como “ O Malho” e “ Vida Doméstica”.


Antídio de Azevedo exerceu com muita proficiência os ofícios de Tabelião Público, a princípio em Jardim do Seridó e depois em Natal.


Tendo alguns livros publicados, destacando-se “Zelações” e “Pirilampos”, a Academia Norte-Rio-Grandense de Letras, em reconhecimento aos seus méritos intelectuais, elegeu-o para ocupar uma de suas cadeiras. Antes, já pertencia à Academia Potiguar de Letras e ao Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte.


Antídio foi casado com sua prima legítima – Alice Cunha de Azevedo. Os irmãos Horácio Olímpio de Oliveira Azevedo, pai de Antídio, e Felinto Elísio de Oliveira Azevedo, pai de Alice, eram bisnetos do patriarca Antônio de Azevedo Maia Júnior, o fundador de Jardim do Seridó.


Fonte: Max Cunha

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